Reflexões a partir do 'Holocausto Brasileiro' | O TEMPO Betim
 
SAÚDE MENTAL

Reflexões a partir do 'Holocausto Brasileiro'

Os Cersam e Cersami de Betim trouxeram avanços cruciais, oferecendo cuidados mais humanizados, mas há um imperativo em aprimorar as terapias oferecidas e os acolhimentos

Por Heron Guimarães

Publicado em 01 de março de 2024 | 00:53

 
 
Foto: Reprodução da internet
Heron Guimarães
Colunista de Opinião
Colunista de Opinião
Heron Guimarães Heron Guimarães
aspas
normal

O filme “Holocausto Brasileiro”, no catálogo da Netflix, lança luz sobre os horrores enfrentados por pacientes no Hospital Colônia, em Barbacena, na Zona da Mata mineira, proporcionando uma oportunidade de reflexão sobre os avanços na saúde mental.

Em Betim, a criação dos Centros de Referência à Saúde Mental (Cersam e Cersami) representa uma resposta significativa aos desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
Contudo, as estruturas que o município possui, embora progressistas, necessitam de atenções substanciais para garantir um atendimento mais eficaz.

Os Cersam e Cersami trouxeram avanços cruciais, oferecendo alternativas de tratamento e cuidados mais humanizados. No entanto, há um imperativo em aprimorar os acolhimentos e as terapias oferecidas. 

A qualidade do atendimento está intrinsecamente ligada à capacitação e à motivação das equipes profissionais. Incentivos adequados são fundamentais para garantir que os profissionais estejam comprometidos e capacitados, promovendo um ambiente propício à recuperação.

Enquanto secretário de Saúde, observo com atenção a importância da saúde mental na sociedade, especialmente para a população mais carente. A luta contra a depressão, apesar de não ser a única na lista dos males psíquicos, destaca-se como uma das prioridades, considerando-se o impacto significativo na qualidade de vida. 

Nesse contexto, é crucial investir não apenas em estruturas físicas, mas também na capacitação contínua das equipes, visando a um atendimento mais compassivo. 

A melhoria não deve ser apenas uma necessidade clínica, mas também uma responsabilidade social. A sociedade deve unir esforços para destituir estigmas associados a questões mentais e aprender com os erros do passado.

Eis mais um severo desafio!