Cenário de disputa começa a se definir no município | O TEMPO Betim
 
ELEIÇÕES 2024

Cenário de disputa começa a se definir no município

A menos de seis meses da votação, alguns nomes vêm se despontando na corrida eleitoral

Por Redação

Publicado em 19 de abril de 2024 | 09:00

 
 
Cidade deve ter de dois a três grupos liderando a disputa municipal Cidade deve ter de dois a três grupos liderando a disputa municipal Foto: TRE-TO
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Com as eleições municipais se aproximando, o cenário político em Betim começa a ganhar contornos definidos. Prevê-se que de dois a três grupos disputarão a majoritária na cidade, com o prefeito Vittorio Medioli (sem partido) liderando um desses grupos.

Para manter o legado de Vittorio, o jornalista Heron Guimarães (União Brasil) desponta como possível nome. Seguindo as regras eleitorais, ele se desincompatibilizou, no início do mês, dos cargos de secretário de Gabinete e Saúde, em que era ordenador de despesas. Antes da atuação nas pastas, entre outubro de 2023 e abril deste ano, por 11 anos exerceu o controle de algumas empresas do Grupo SADA, fundado pelo atual prefeito, e ainda coordenou dezenas de campanhas exitosas no município e no Estado. 

De acordo com apuração da reportagem, ao menos 12 partidos já estão organizados em torno da candidatura de Guimarães. Além do União Brasil, sigla à qual o jornalista se filiou recentemente, devem segui-lo: PL, Republicanos, PP, PSB, PDT, Democracia Cristã, MDB, Avante, Solidariedade e a federação composta por Cidadania e PSDB.

O PCdoB, liderado pelo vereador Thiago Santana, também deve caminhar com o ex-secretário, apesar de fazer parte de outra federação. Isso porque o partido acompanha Medioli desde 2016 e esteve alinhado com a atual gestão, com as secretarias de Educação e Saúde, por um período de tempo.

Outras legendas, como PSD, PRTB, bem como o Agir, estão se alinhando ao grupo liderado pelo atual prefeito. Além desses, o Novo e a federação Rede/Psol vêm dialogando com Guimarães.

Projetos oponentes

Por outro lado, o PV e o PT se opõem ao projeto de Medioli. O PV lidera a oposição e conta com o ex-vereador e ex-vice-prefeito, Vinícius Resende – filiado no último dia da Janela Partidária – como possível candidato, o que poderia deixar o PT sem uma cabeça de chapa pela primeira vez em quase 40 anos, embora o ex-prefeito e ex-deputado Jésus Lima e o empresário Adilson de Souza (antes Psol e filiado recentemente ao PT) já tenham colocado seus nomes à disposição. 

Já o comerciante Wellington Sapão, filiado ao Podemos, que abrigava Vinícius até o início do mês, surge como um terceiro projeto na disputa, mas enfrenta o desafio de garantir o apoio do partido em nível estadual e a ausência de uma chapa de vereadores articulada para seu suporte.

Com os jogos políticos se intensificando, Betim se prepara para uma eleição que não mudará somente o gestor da cidade, mas corresponderá a uma transferência de gerações na política local, com nomes inéditos se apresentando para a sucessão municipal.