AAMA precisa de ajuda para adquirir nova sede

A Associação de Trabalhos Artesanais e Sociais de Betim e Contagem Amigos de Aruanda (AAMA), sediada no Alto das Flores, criou uma vaquinha on-line para conseguir comprar um imóvel que possa abrigar a nova sede da instituição. Fundado em 2005, o projeto social trabalha com crianças, adolescentes e adultos da região Norte da cidade com a finalidade de tirar os jovens da criminalidade e ajudar as mães a alcançarem a independência financeira. Quase duas décadas depois e com a demanda crescente, o espaço atual não está mais comportando todas as atividades ofertadas pela AAMA.

“Hoje, temos 74 jovens atendidos diretamente nas oficinas de reforço escolar e de esporte e recreação. Indiretamente, no entanto, esse número é muito maior por conta das famílias que recebemos aqui. Somente na Festa das Crianças, realizada no último dia 5, atendemos 403 crianças”, afirma a fundadora da associação, Antônia Lima.

Ela conta que, no início, a AAMA funcionava em uma pequena varanda da casa dela. Com o passar do tempo e o avanço dos trabalhos, ela se mudou para ceder todo o espaço às atividades sociais. “Começamos com cinco crianças, sendo que duas delas eram irmãs. Elas foram a porta de entrada para as outras. A evasão escolar era muito grande naquela época, e as gravidezes na adolescência, comuns. O diagnóstico da região mostrava que a situação era lamentável. Então, começamos a trabalhar com as crianças no contraturno escolar e também colocamos as mães para dentro”, relembra Antônia.

Estrutura

Atualmente, a AAMA conta com 12 voluntários fixos. A instituição oferece, de segunda a quinta-feira, oficinas de reforço escolar a estudantes de 6 a 14 anos (ensino fundamental), de esporte e recreação a jovens de 5 a 17 anos e de zumba, ginástica, ioga e artesanato a adultos, bem como atendimentos gratuitos com psicólogas voluntárias às sextas.

Além de contribuir com a vaquinha on-line, a população pode apadrinhar uma criança por meio de uma cartinha de Natal. Para isso, basta entrar em contato com a AAMA pela página da associação no Instagram: @aamabetimg.

"Eu acredito que vamos conseguir melhorar ainda mais o nosso trabalho quando tivermos o nosso espaço. Nossa intenção é ser autossustentável", afirma Antônia. Artesã, professora de artes e formada em serviço social "para conhecer melhor a área em que atua", ela conta que já viveu na pele a experiência de ser acolhida e frisa que acredita na evolução das pessoas por meio da AAMA. "Na região Norte, as mulheres sofriam muita violência doméstica, mas ouvir os depoimentos delas falando que agora sabem aonde ir, que conseguem se manter sozinhas e que os filhos não sofrem humilhação motiva a gente", finaliza.