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Estudantes de Betim são vice-campeões em competição nacional de lançamento de foguetes

Alunos da Escola Estadual João Paulo I repetiram resultado conquistado no ano passado em Barra do Piraí (RJ)

Por Iêva Tatiana

Publicado em 19 de outubro de 2024 | 09:00

 
 
Grupo de nove alunos, divididos em três equipes, viajou acompanhado pelo professor de matemática e pela diretora da escola Grupo de nove alunos, divididos em três equipes, viajou acompanhado pelo professor de matemática e pela diretora da escola Foto: Arquivo pessoal

Nove alunos da Escola Estadual João Paulo I, no bairro Santa Inês, em Betim, conquistaram o vice-campeonato na Jornada de Foguetes, realizada em Barra do Piraí (RJ) nesta semana. O foguete lançado por eles conseguiu percorrer uma distância de 273 metros. A competição faz parte da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), promovida anualmente no município fluminense.

Essa foi a segunda vez que a equipe betinense participou do evento. No ano passado, em sua estreia na mostra, os estudantes do ensino médio também ficaram em segundo lugar. “Dois anos consecutivos na medalha de prata é sinal que temos que evoluir em alguns pontos para conquistar a de ouro. Vamos persistir até conseguir”, afirma o professor de matemática Gustavo Henrique, que liderou e acompanhou as equipes junto à diretora da instituição de ensino, Janaína de Paula.

Divididos em três grupos, os estudantes competiram no nível 4, que prevê o lançamento de foguetes movidos a vinagre e bicarbonato de sódio. No nível 1, o objetivo é construir e lançar foguetes de canudo por impulso de ar comprimido. No nível 2, o impulso é o mesmo, mas os foguetes são de papel. Já no 3, o equipamento deve ser feito de garrafa pet e movido a água e ar comprimido. No nível 5, a propulsão é sólida.

Além da prova em si, os alunos do João Paulo I participaram de palestras sobre astronomia e de diversas atividades entre segunda (14) e quinta-feira (17).

Foguete dos estudantes de Betim era movido a vinagre e bicarbonato de sódio (Foto: Arquivo pessoal)

 

Processo

Antes de chegarem à parte prática e lúdica, que é a MOBFOG, os jovens são submetidos a uma prova teórica da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Aqueles com as melhores notas garantem a participação na competição. 

O foguete levado por eles é projetado, montado e testado na própria escola, onde são checados, por exemplo, peso, alcance e velocidade atingida. Todo esse trabalho foi acompanhado de perto pela professora de física Priscilla Leal. 

“Lá na mostra, vemos realidades muito distintas. Nós, que somos de uma escola pública, com muitos alunos periféricos, conseguimos manter o nosso pódio neste ano”, frisa Henrique. “Já estamos começando a trabalhar no projeto para o ano que vem”, emenda o professor.