Um ato de heroísmo de um sargento do Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco da Polícia Militar (Gepar-PMMG) marcou a noite e a vida de uma família, nesta quinta-feira (28), quando o policial socorreu um bebê de 3 meses, que estava sufocando devido a um engasgo. O caso aconteceu no bairro Vila Bemge.
Conforme contou o sargento Newman, do 66º Batalhão da PM, ele e mais três militares, cabo Ronielson e Soldado Brasileiro, faziam o patrulhamento da região quando foram parados por um veículo em alta velocidade, saindo de dentro dele um homem segurando o bebê e informando que a criança não estava respirando. “De imediato coloquei a menina deitada no meu braço esquerdo, de modo que ficasse com a mão direita livre para realizar a manobra de Heimlich. Após algumas manobras, o bebê voltou a respirar e o pai e a tia da criança se emocionaram de felicidades. Então, demonstrei novamente ao pai, de maneira bem sucinta, como realizar a manobra de Heimlich, caso o fato ocorra novamente”, contou o sargento.
Em seguida, os militares informaram ao pai da criança para que ele a levasse ao hospital, para que fosse realizado outros exames complementares, pois a menina havia ficado sem oxigenação, fato que pode causar danos ao cérebro. A falta de oxigenação nessa área, também conhecida como hipóxia cerebral, pode ocasionar sequelas graves, como: morte cerebral, dificuldade de concentração, perda de memória de curto e longo prazo, cegueira parcial, temporária ou permanente.
Integrante da corporação do 66º BPM há sete anos, sargento Newman se sente orgulhoso de fazer parte da Polícia Militar e de poder se fazer útil para atender as necessidades da população: “Me senti útil. Pois quando há perigo eles (os cidadãos) chamam aos policiais. Quando há necessidade de ajuda, é para nós que a população liga. Estamos nos tornando essenciais para o povo mineiro. Ter aprendido a manobra de Heimlich foi essencial e importante para o êxito nessa ocorrência, pois quando a sociedade chama, não importa se somos peritos ou não em atendimento médico, eles acreditam que somos capazes de resolver, sou grato pelos instrutores que me ensinou esse tipo de primeiro socorro”.
Devido a complexidade da ocorrência e da urgência em levar o bebê ao pronto-socorro, os militares não conseguiram identificar os nomes do pai e da tia da criança, mas esperam em breve poder localizá-los para conhecê-los melhor.