A Justiça decidiu, nessa terça-feira (10 de setembro), manter presa a mulher de 46 anos suspeita de matar o companheiro a pedrada em Betim. Na audiência de custódia, realizada de forma on-line, o juiz Rodrigo Martins Faria converteu a prisão em flagrante em preventiva, isto é, a mulher vai responder pelo processo dentro do presídio.
Conforme consta no documento judicial, o Ministério Público havia solicitado que a suspeita continuasse presa, enquanto a defesa técnica pediu liberdade provisória, alegando que ela não tem antecedentes criminais e agiu em legítima defesa. Aos policiais militares, no momento da prisão, a suspeita disse ter matado o companheiro porque estava "cansada de apanhar".
O juiz Martins Faria, no entanto, avaliou que todas as provas do crime confirmam que o assassinato foi cometido pela mulher. Além disso, o magistrado argumentou que a liberdade da suspeita constitui perigo à sociedade devido à crueldade do crime.
Conforme informado pela PM, os militares foram acionados para ocorrência de briga de casal. No endereço, eles ouviram a mulher gritando que havia matado o companheiro a pedrada. Ao entrar na residência, os agentes encontraram a vítima caída sem sinais vitais. Ao lado do corpo estava uma pedra suja de sangue e a mulher sentada em uma cadeira enquanto fumava um cigarro e bebia.
Questionada, a suspeita disse que matou o companheiro a pedrada porque estava cansada de apanhar dele. Segundo o relato dela, os dois estavam brigando desde cedo e, durante a tarde, às 15h, o homem a agrediu com socos e chutes, que lhe causaram uma lesão na testa e no braço esquerdo.
A suspeita relatou ainda que passou a agredir o suspeito com uma pedra. Após as agressões, ela encheu a boca da vítima com café e pimenta ao ver que ele estava "agonizando". A PM ofereceu levar a mulher até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido aos ferimentos, mas ela se recusou.
O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado.