Um tremor de magnitude regional (mR) 2,5 foi sentido por moradores de diversos bairros de Betim por volta das 14h30 deste sábado (22 de março). Há relatos vindos de ao menos dez localidades distintas da cidade, como Arquipélago Verde, Filadélfia, Centro, Angola, Espírito Santo, Alterosas, PTB, Jardim Teresópolis e até Vianópolis, que é mais distante.
Segundo a Defesa Civil de Betim, no entanto, nenhum chamado ou ocorrência em razão de pessoas feridas ou de prejuízos a quaisquer imóveis foi registrada até o momento. Ainda de acordo com o órgão municipal, a Defesa Civil do Estado foi acionada e informou que também não recebeu nenhum alerta sobre o abalo sísmico.
“Estamos assustados. Amigos de diferentes lugares de Betim também sentiram. Pareceu um tremor de terra, mas não dá para ter certeza”, disse uma moradora do Arquipélago Verde à reportagem. Uma pessoa que mora no Filadélfia também fez contato e disse que vários familiares e amigos sentiram o tremor.
Embora tenha assustado a população, o sismólogo do Centro de Sismologia da USP e da Rede Sismográfica Brasileira, Bruno Collaço, explica que tremores como esse são comuns e acontecem diariamente no Brasil. Ele também destaca que, em Minas Gerais, esses eventos são recorrentes.
“Pequenos tremores de terra em Minas Gerais não são incomuns; muito pelo contrário. O estado é o que registra o maior número de abalos sísmicos. Esses tremores naturais, na grande maioria das vezes, são causados pelas grandes pressões geológicas que atuam na crosta terrestre”, afirma.
De acordo com nota enviada pela prefeitura, a gestão municipal está, desde o ano passado, em tratativas com a Defesa Civil estadual para a instalação de um sismógrafo na cidade. Como o município ainda não dispõe desse instrumento, está em contato com o Centro de Inteligência do Estado para identificar as causas dessa anormalidade relatada por moradores.