VANGUARDA

Orquestra Ramacrisna é a primeira em Minas a adotar partituras digitais

Instituto adquiriu 23 tablets para os jovens músicos da filarmônica; mudança visa à sustentabilidade

Por O TEMPO
Publicado em 27 de agosto de 2024 | 15:34
 
 
Orquestra Filarmônica Ramacrisna foi fundada em 2005; atualmente, grupo conta com 40 alunos

A Orquestra Filarmônica Ramacrisna tornou-se a primeira em Minas Gerais a substituir as partituras de papel por versões 100% digitais após a aquisição de 23 tablets para os músicos. A mudança visa à modernização da prática musical dos jovens integrantes do grupo e também à redução significativa do consumo de papel, alinhando o Instituto Ramacrisna às diretrizes ESG (Environmental, Social, and Governance).

“Anualmente, eram utilizadas aproximadamente 5.640 folhas de papel para a impressão de partituras para os ensaios e as apresentações da orquestra. Isso equivale à supressão de uma árvore e a 65,6 mil litros de água todos os anos para a produção desta quantia de folhas. Sempre buscamos incorporar práticas que sejam inovadoras e sustentáveis, e a aquisição desses tablets reflete o compromisso do instituto com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente”, afirma a vice-presidente do Ramacrisna, Solange Bottaro.

A novidade foi bem-recebida pelo maestro regente Eliseu Barros. “Estamos orgulhosos em sermos uma das primeiras orquestras a adotar essa tecnologia no Brasil. A transição para partituras digitais não só facilita o trabalho dos músicos, mas posiciona a nossa orquestra na vanguarda da inovação musical. É uma honra fazer parte desse momento”, frisou.

“Nós buscamos sempre trazer inovação e tecnologia para o instituto. Temos aqui, por exemplo, o FabLab (Fabrication Laboratory), um laboratório de inovação equipado com impressoras 3D e óculos de realidade virtual para ofertar o que há de mais moderno aos nossos alunos. Então, quando surgiu a oportunidade de levar essa modernização para a nossa orquestra, não pensamos duas vezes”, completou Solange.

História

A Orquestra Filarmônica Ramacrisna foi fundada em 2005 com o objetivo de apresentar a beleza do universo da música clássica às crianças e aos jovens em situação de vulnerabilidade social da região de Vianópolis. Atualmente, o grupo conta com 40 alunos.

Em quase duas décadas de existência, a filarmônica já se apresentou nos principais espaços culturais da região metropolitana de Belo Horizonte, como CCBB, Teatro Bradesco, Cine Theatro Brasil Vallourec, Palácio das Artes e Museu de Ciências Naturais da PUC, por exemplo. 

Com um repertório diversificado e de qualidade, a orquestra atraiu parcerias com renomados artistas, incluindo os tenores italianos Claudio Mattioli e Massimiliano Barbolini, o tenor lírico Felipe Peletta, Saulo Laranjeira, Trio Amaranto, DoContra, a banda Tianastacia, a violinista norte americana Elizabeth Fayette, Spala da Filarmônica de Minas Gerais, e grandes artistas nacionais como Seu Jorge, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturine, Toninho Horta, Céu, Fernanda Takai, Mônica Salmaso, Joyce Moreno, entre outros.