Embaixada dos Estados Unidos financia projeto artístico ‘A Rua’, em Betim

As cores do hip-hop vão ressoar pela cidade. Velhos desenhos vão ganhar novos formatos, enquanto a juventude cultural grita sua liberdade artística na celebração dos 200 anos de parceria diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Para este ano especial, a embaixada americana lançou em março o Edital Fundo Alumni, que selecionou 15 projetos culturais em todo o país para ser financiado. Em Betim, o “A Rua”, da produtora Amanhã, foi escolhido, e será realizado neste fim de semana.

O edital, voltado para ex-alunos da embaixada, propôs que os projetos fossem sobre elementos que conectam as culturas dos dois países. Desta forma, a ex-estudante da embaixada, produtora do Amanhã e co-idealizadora do projeto, Jéssica Silva, inscreveu o “A Rua” e escolheu o hip-hop como tema. “O hip-hop é uma cultura nascida no Bronx (EUA), que veio para o Brasil e se desenvolveu aqui. Ele é composto por quatro elementos, sendo o Graffiti, o MC, o DJ e o Break (estilo de dança urbana)”, destacou a culturalista.

Além de ser incentivado pela embaixada dos Estados Unidos, o “A Rua” também é apoiado pelo consulado e pela Usbea-MG, organização estadual de ex-alunos da embaixada americana. Durante o encontro, artistas da cidade vão realizar uma intervenção artística abaixo do viaduto Jacintão, em frente ao Senai, que começa nesta sexta-feira (20) e termina no domingo (22).

“O objetivo de ‘A Rua’ é produzir arte para além dos museus e centros culturais. É preciso que a arte e a cultura estejam presentes em nosso dia a dia. Nada mais provocativo e marcante no cenário urbano que a celebração dos pilares do hip-hop”, afirma ex-aluna da Embaixada dos EUA.

No local, o coletivo Arte Pra Vida (APV), grupo vanguardista do graffiti em Betim e parceiro do projeto, vai grafitar um mural colaborativo que prevê dois dias de produção, sendo sexta (20) e sábado (21), das 8h às 17h. O trabalho será realizado com o recurso do financiamento liberado pela embaixada.

“O ‘A Rua’ é o manifesto da cultura hip-hop em sua essência. Ele trás consigo o ardor do espírito jovial da cidade em comunhão com as influências da juventude anterior. É um movimento que transcende o tempo. Já aconteceu, está acontecendo e vai continuar a acontecer”, encerrou Lucas Niga, graffiteiro pela APV e, também, co-idealizador do projeto “A Rua”.

O encerramento do encontro será no domingo (22), das 13h às 17h, neste dia a classe artística do hip-hop se reúne para batalhas de rima, apresentações solos, danças e muita estilo em um evento aberto à comunidade para exaltar os pilares dessa arte que conectou os EUA e o Brasil. A consulesa americana em Belo Horizonte, Kristie Di Lascio, também marcará presença na finalização do projeto.