Reeleitos na Câmara de Betim mais que dobram em oito anos

A eleição de 2024 em Betim mostrou um aumento expressivo do índice de aprovação dos atuais vereadores por parte da população. Dos 23 parlamentares, 21 disputaram novamente uma cadeira no Legislativo, e, entre esses, 15 conseguiram se reeleger, ou seja, 75% deles. Em 2016, ano em que a cidade era comandada pela terceira vez pelo ex-prefeito Carlaile Pedrosa (então do PSDB) e quando Vittorio Medioli (sem partido) foi eleito prefeito de Betim pela primeira vez, a taxa de aprovação dos parlamentares que estavam naquele mandato pelos betinenses foi bem inferior – naquelas eleições, dos 23 vereadores que tentaram a reeleição, oito obtiveram êxito, ou seja, quase a metade na comparação proporcional com a disputa de 2024.

Para o especialista em direito eleitoral Lucas Neves, o bom diálogo que prevaleceu entre os Poderes Executivo e Legislativo municipal nesses quase oito anos, em que Medioli governou o município, pode ter contribuído para o alto índice de aprovação dos vereadores nestas eleições. Ainda de acordo com Neves, a boa avaliação das duas gestões do atual prefeito, que, segundo as últimas pesquisas divulgadas, é aprovado por 72% da população, é outro fator que deve ter pesado para esse resultado exitoso dos parlamentares neste pleito. 

“Quem possui mandato, obviamente, tem mais visibilidade política, principalmente quando se trata de um grupo de vereadores que atuou, em sua maioria, em parceria com um governo que é muito bem-avaliado pela população. Claro que isso repercutiu a favor deles. Mas é preciso considerar também que esses parlamentares fizeram um trabalho sério e probo, o que foi devidamente reconhecido pelo eleitorado”, frisou o especialista.

Em sua live desta semana, Vittorio Medioli parabenizou o bom desempenho nas urnas conquistado pelos parlamentares reeleitos e também pelos que não conseguiram se reeleger por motivos de legenda, mas receberam grande votação. Medioli destacou o tom conciliador que prevaleceu entre a maioria dos vereadores e a prefeitura nesses últimos oito últimos anos. O prefeito também lembrou que essa “união” entre os dois Poderes foi demonstrada ao longo da corrida eleitoral que elegeu Heron Guimarães (União Brasil) e Cleusa Lara (PL) ao Executivo municipal – 18 partidos fizeram parte da coligação Betim do Bem: além do União e do PL, compuseram o leque Cidadania/PSDB, PP, Solidariedade, PSB, PDT, Democracia Cristã, Avante, Republicanos, MDB, PSD, PRTB, PMB, Podemos, Agir e Novo. 

“Quando eu assumi meu primeiro mandato, em 2017, dos 23 vereadores da Câmara, apenas oito se reelegeram. Nestas eleições, com um governo do bem, 15 vereadores conseguiram se reeleger dos 21 que concorreram à reeleição. A votação dos vereadores também subiu muito: a maioria teve mais de 3.000 votos”, salientou o prefeito. Vittorio destacou o desempenho do Professor Wellington (União), que obteve nas urnas 4.055 votos.

“Infelizmente, ele ficou de fora, mas teve quase o dobro de votos em relação ao último pleito”, comentou. Os vereadores colaboraram com a estabilidade do governo, ajudaram com a solução de problemas pra população, que soube reconhecer isso. O Executivo também foi colaborativo, compartilhando com a Câmara as nossas decisões, escutando as sugestões dos vereadores. Executivo e Legislativo atuaram de forma complementar, como deve ser”, avaliou Vittorio Medioli.

Presidente da Câmara nos biênios 2017-2018 e 2023-2024, Léo Contador (Cidadania) disse esperar que, no próximo mandato, os parlamentares busquem atuar, assim como ocorreu nos últimos anos, de mãos dadas com o Executivo em prol do progresso de Betim. “Para o próximo mandato, teremos muitos nomes novos, mas tenho certeza de que todos os vereadores buscarão trabalhar de forma colaborativa com o Executivo, sempre pensando no que é o mais importante: o bem-estar da população”, salientou.