MEIO AMBIENTE

Audiência pública vai debater soluções para a poluição do Rio Betim

Objetivo do debate é levantar a situação ambiental do rio e buscar meios de executar  a recuperação do manancial

Por Lisley Alvarenga

Publicado em 11 de março de 2025 | 17:12

 
 
Segundo especialistas ambientais, do Rio Betim é um dos cursos de água que mais poluem a bacia do Rio Paraopeba atualmente Segundo especialistas ambientais, do Rio Betim é um dos cursos de água que mais poluem a bacia do Rio Paraopeba atualmente Foto: Carolina Miranda

Na busca por soluções para a contaminação do Rio Betim, um dos cursos de água que mais poluem a bacia do Rio Paraopeba atualmente, segundo especialistas ambientais, uma audiência pública foi proposta nesta semana para ser realizada na Câmara Municipal de Betim. O objetivo do debate é levantar a situação ambiental do rio e buscar meios de executar, por meio de um esforço conjunto entre a Copasa, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, a Prefeitura de Betim, o Legislativo municipal e a mineradora Vale, a recuperação do manancial. 

O requerimento com o pedido da audiência, proposto pelo vereador Alexandre da Paz (MDB), foi aprovado pelos parlamentares na reunião ordinária dessa terça-feira (11 de março).O debate vai acontecer dia 11 de abril, às 14h, na plenária do Legislativo municipal. 

"Com a audiência pública, podemos trazer a comunidade, as autoridades e os ambientalistas para uma discussão saudável para ideias para a recuperação de um rio que hoje mais lança esgoto in natura no leito do Rio Paraopeba. Além da recuperação do recurso hídrico, queremos ainda buscar soluções para a recuperação da mata ciliar e da Área de Preservação Permanente (APA) no entorno do curso de água, além dos cuidados com os peixes recém-nascidos no rio", salientou Alexandre da Paz. 

Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, o biólogo e administrado Heleno Maia, explicou que hoje existe um projeto, desenvolvido pela entidade, para obrigar a Copasa a retirar todos lançamento de esgoto in natura ao leito do Rio Betim e do Riacho das Areias. Segundo o especialista, caso o comitê consiga recursos para avançar com a proposta, além da recuperação dos córregos, a ideia é resgatar matas ciliares e monitorar diariamente, por meio de câmeras de vídeo, o curso do leito do rio. 

"A proposta é que tais ações sejam executadas com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Betim, a mineradora Vale e empresas que estão sediadas ao longo do leito do rio, como a Metalsider, por exemplo. Hoje, o Rio Betim é uma preocupação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, haja vista que ele é um dos maiores poluidores do Rio Paraopeba por esgotamento sanitário in natura", afirmou o biólogo. 

Heleno Maia adiantou que as tratativas com empresas para custar executar o projeto estão sendo feitas e que parte do recurso para esse fim já foi arrecadado. A expectativa é que em junho deste ano, quando ocorre o Fórum Internacional das Águas do Paraopeba, as obras sejam iniciadas.