Na manhã desta sexta-feira (27), um dia após a Prefeitura de Betim, na região metropolitana, ter concluído a demolição do edifício que tombou no dia 17 de novembro, no bairro Ponte Alta, engenheiros da Defesa Civil estão finalizando também os trabalhos de perícia nas residências vizinhas ao edifício demolido.
Até o momento, 12 das 15 famílias que tiveram que ser retiradas de suas casas, como medida de segurança, foram autorizadas a retornarem aos seus imóveis. Duas famílias não compareceram ao local nem foram encontradas para que a Defesa Civil fizesse a vistoria. Já um imóvel continua interditado. “Essa família foi orientada a comparecer na Defesa Civil para ter melhores esclarecimentos e tomarmos as devidas providências”, explicou o superintendente de Defesa Civil, coronel Walfrido Lopes.
Também nesta sexta (27), uma equipe de operadores da empresa contratada para demolição do prédio fez novos trabalhos para eliminar um pequeno ponto de risco identificado entre os escombros durante a vistoria ocorrida nesta manhã. A ação já foi concluída.
“A Defesa Civil também irá instalar tapumes para lacrar a área dos escombros, e a Polícia Militar fará patrulhamento na região. As vias públicas do entorno serão liberadas às 16h. Já a energia elétrica foi completamente restabelecida no bairro”, afirmou Lopes.
Relembre
A demolição do edifício ocorreu com total segurança e foi totalmente custeada pelo município, que buscará ressarcimento do valor gasto. Os trabalhos duraram cerca de 11 horas e, além de 5 máquinas e 50 trabalhadores, a ação contou com o apoio dos bombeiros, da Cemig, da Copasa, do Samu, da Guarda, da Polícia Militar, além de vários setores da prefeitura.
“Os técnicos da Defesa Civil vão, agora, vistoriar as 15 casas dos moradores que tiveram que sair das residências para verificar se a estrutura delas não foi comprometida. Depois disso, se tudo estiver certo, eles podem voltar para suas casas”, esclareceu Lopes.
Até que a prefeitura conseguisse eliminar qualquer risco de queda do edifício, a decisão pela demolição virou uma guerra judicial. Um dia após o tombamento, o município se reuniu com a defesa da construtora e exigiu que a empresa realocasse as famílias e demolisse o prédio, conforme recomendou a Defesa Civil.
Mas, sem ter o retorno da construtora, a prefeitura contratou uma empresa especializada em demolições para executar o serviço e entrou com uma ação na Justiça pedindo que a construtora arcasse com todas as despesas que as famílias prejudicadas tiveram, e que indenizasse os moradores que foram afetados.
No entanto, mesmo a Justiça sendo favorável aos pedidos da prefeitura, a construtora chegou a solicitar judicialmente que fosse feita uma perícia judicial e que a derrubada fosse suspensa até lá, o que foi negado. No fim, o município venceu a batalha judicial em favor dos moradores e derrubou o prédio.
Matéria atualizada às 13h.