Desenvolvimento

Obra do Aeródromo Inhotim será retomada até abril

Empreendimento em Betim resultará no aumento de receita e no boom de empregos; investimento de R$ 160 milhões será da iniciativa privada

Publicado em 14 de janeiro de 2021 | 21:22

 
 

Empreendimento que mudará o perfil econômico de Betim, com previsão de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade em cerca de R$ 1 bilhão nos primeiros anos e de gerar aproximadamente de 15 mil a 20 mil empregos diretos e indiretos em dez anos, o Aeródromo Inhotim, que será instalado na região do Distrito Industrial do Bandeirinhas, terá suas obras retomadas entre os meses de março e abril deste ano, após o fim do período chuvoso. 

Segundo a Prefeitura de Betim e a Orion Participações – empresa criada para conduzir o projeto –, até o momento, foi executada parte da terraplenagem. 

O aporte para erguer o empreendimento será de mais de R$ 160 milhões, sendo a obra custeada integralmente pela iniciativa privada, sem a aplicação de recursos públicos. O projeto já foi aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e teve todas as questões pendentes regularizadas, de acordo com o município. 

O projeto do aeródromo, que deverá ser entregue à população em 24 meses, conforme estima a Orion Participações, prevê a construção de 24 hangares, terá pista de 1.800 metros de comprimento, com possibilidade de expansão, e 45 metros de largura e capacidade para receber aeronaves de grande porte. O empreendimento contempla terminal de passageiros e de cargas, exploração comercial de hangares para abrigo de aeronaves de pequeno porte, centro de manutenção de aeronaves, voos charters e outros empreendimentos comerciais, potencializando os setores da indústria, de serviços e do turismo.

“Nós tivemos uma orientação do Ministério Público de Minas Gerais, que sugeriu correções de alguns detalhes no projeto. Fizemos todos os ajustes necessários, tramitamos com todas as licenças ambientais e da Anac. E, agora, estamos nos preparando para iniciar, com total segurança, as obras de terraplenagem em meados de março, início de abril, tão logo passe esta temporada de chuva”, afirmou o presidente da Orion Participações, Luiz Tito. 

De acordo com o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), o projeto do modal aeronáutico já tem pesado nas escolhas de novas empresas para a cidade. “Com a confirmação do início das obras do aeródromo, isso vai atrair ainda mais investimentos. Empresas que operam com alto valor agregado, como as da área farmacêutica, de tecnologia, do próprio setor aeronáutico, elevam o status do município, promovem uma valorização muito grande e atraem fornecedores, alimentando a cadeia produtiva”, afirmou. 

Segundo o gestor municipal, o crescimento econômico que se espera gerará mais de 15 mil empregos e aumento do PIB do município. “Betim sofreu muito com a queda de arrecadação, e o aeródromo vai contribuir para melhorar as receitas”, ressaltou Medioli.

A implantação de um modal aeronáutico levará Betim e a região para um novo ciclo de desenvolvimento. “Se colocarmos um compasso no mapa e traçarmos um raio de 160 km ao redor do aeródromo, verificaremos que mais da metade do PIB do Estado estará ali. É uma região que será totalmente impactada com o empreendimento, ocasionando investimentos de empresas de alto valor agregado”, afirmou Tito. 

“Não serão criados apenas empregos no aeródromo. Outros setores da economia, como o de serviços, serão impactados diretamente para atender a demanda gerada por esse empreendimento. Betim e várias cidades vizinhas serão beneficiadas”, completou o empresário.

Logística 
Para o presidente da Orion Participações, Luiz Tito, o aeródromo vai modernizar o parque industrial de Betim e da região, sendo mais um fator de crescimento do mercado de e-commerce.

“Esse tipo de logística é uma tendência sem volta. Os modais logísticos estão se ampliando muito, e as empresas, buscando soluções. Betim é extremamente importante por sua localização privilegiada. E ainda temos os projetos do Rodoanel. Imagine ter uma via de ligação entre a BR–040, na saída para o Rio de Janeiro, e o entroncamento das BRs 381 e 262, com um aeródromo? Será uma integração entre as cidades, reduzindo as distâncias e proporcionando mais desenvolvimento”, concluiu Tito.