Kango jump: conheça a prática esportiva em alta no Brasil

Pense em um calçado que mais parece um patins, mas, no lugar das rodas, ele tem uma espécie de mola que ajuda quem está calçado a manter um movimento de pula-pula com o corpo. Descrevendo assim, você pode até pensar que parece brincadeira de criança, mas essa espécie de bota é utilizada para uma prática esportiva que tem virado febre no Brasil, o kangoo jump.

Em Betim, quem passa pela praça do Encontro, na região central, toda segunda, à noite, pode conferir uma turma com cerca de 30 mulheres reunidas para praticar o esporte. A educadora física Danielle Lima, professora do grupo, conta que a atividade ainda é pouco difundida em Minas Gerais, mas que já começa a ganhar adeptos: “Quando comecei, há quatro anos, não conhecia ninguém que desse essa aula em Minas. Precisei ir para o Rio de Janeiro para fazer os cursos preparatórios”.

O kangoo jump se assemelha aos exercícios feitos em cima de uma pequena cama elástica – atividade bem comum nas academia mais conhecida como jump - mas com gastos calóricos mais significativos. “É uma atividade de alta queima calórica, em uma hora são gastas, em média, 800 calorias”, explica a educadora física.

Além dos benefícios esperados de uma atividade física, como o emagrecimento e a melhora no condicionamento corporal, as alunas também relatam impactos na socialização, na vaidade, no humor e na autoestima. Esse é o caso da empresária Elane Aguillar, de 45 anos, moradora do Ingá Alto. “Eu tive um problema sério no joelho. Não pensei que depois disso conseguiria praticar uma atividade assim e ainda criar laços com tantas mulheres, somos uma família. Quando começamos a pular, a sensação é de liberdade”, diz.

Os chamativos calçados reduzem em até 80% o impacto da atividade em relação ao esforço que seria feito com um tênis. “É uma atividade para todos, homens, mulheres, crianças, independente de faixa etária ou peso corporal. É indicada, inclusive, para pessoas com problemas no joelho”, explica a professora. No entanto, a educadora ressalta que grávidas e pessoas com labirintite não podem praticar a modalidade.

Origem

A atividade esportiva surgiu na Europa, mais especificamente na Suíça, no início dos anos 90. Na época, o calçado era utilizado como um equipamento de fisioterapia para diminuir o estresse e ajudar na recuperação de atletas corredores, com lesões nos membros inferiores e outros traumas.