Neste sábado (8), marcado por deslizamentos de encostas, transbordamento de rios e queda de casas e muros em várias partes da região metropolitana de BH, a Justiça de Minas recua e volta a autorizar a retirada das famílias do Beco Fagundes, no Jardim Teresópolis.
Diante disso, a prefeitura informou que vai trabalhar pela remoção dos moradores que permanecem na área de risco de forma imediata. “A prioridade é a preservação da vida dessas pessoas que ainda vivem no local. O território tem risco iminente de deslizamento/desabamento em consequência da instabilidade do solo sob as fortes chuvas que atingem toda a região metropolitana de Belo Horizonte”, diz nota do governo municipal.
Na última terça (4), a Justiça de Minas Gerais tinha determinado a suspensão da liminar que havia sido concedida autorizando a demolição de dezenas de casas e de dois prédios no beco Fagundes, no Jardim Teresópolis, em Betim, na região metropolitana de BH. O cumprimento da ordem judicial seria feito na quarta (5) pela Prefeitura de Betim.
A área, que possui extensão de cerca de 14.200 metros quadrados, foi caracterizada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, como de muito alto risco geológico. O laudo foi constatado pela Defesa Civil do município, que detectou movimentação de terra no local neste período chuvoso.
Em janeiro de 2020, um expressivo volume de chuvas atingiu a cidade, provocando danos como um grave deslizamento de terra na região, que culminou na morte de dois moradores do Beco Fagundes. Com isso, a prefeitura realocou famílias moradoras da área, porém ao menos 27 delas retornaram ao beco e até, a última sexta (7), sete resistiam em permanecer e acionaram o Ministério Público.