Julgamento

Réus acusados de matarem prefeito do interior de MG, há 24 anos, são absolvidos

Dos oito acusados de envolvimento no homicídio, ocorrido em 7 de outubro de 1997, no São Caetano, quatro foram absolvidos, dois morreram e dois alegaram prescrição do crime

Por Da Redação
Publicado em 06 de abril de 2022 | 15:40
 
 
Maria Aparecida Vieira e Ademar Alvarenga do Amaral, ex-prefeitos de Nacip Raydan, no Vale do Rio Doce

Os integrantes de um julgamento ocorrido no Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal da Comarca de Betim, na região metropolitana, decidiram absolver, na última terça-feira (5), quatro acusados de envolvimento no assassinado de Ademar Alvarenga do Amaral, ex-prefeito de Nacip Raydan, cidade do Vale do Rio Doce. O crime aconteceu há 24 anos.

Conforme denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a vítima teria sido executada por um matador de aluguel a mando de um grupo de oito político rivais, ligados ao Legislativo da cidade na época. 

Ainda segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, ou seja, em razão do desejo dos réus e eventuais outros envolvidos de se vingarem da vítima, por causa de disputas políticas em Nacip Raydan. "Além disso, teria o crime sido cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que ela foi atingida de surpresa, sem qualquer possibilidade de reação", informa a sentença do juiz Leonardo Antônio Bolina. 

O crime

O homicídio aconteceu em 7 de outubro de 1997, na residência da amante da vítima, no bairro São Caetano, em Betim. O suposto pistoleiro, conhecido como Baião Doido, teria ido em frente a garagem da casa e ficado aguardando a vítima aparecer. Após parar o veículo para entrar pela garagem, o suspeito teria corrido até a janela do automóvel e disparado várias vezes contra a vítima. 

Os envolvidos

De acordo com o Ministério Público, oito pessoas são acusadas de envolvimento no homicídio de Ademar Alvarenga do Amaral. Quatro foram a júri popular em Betim e foram absolvidas. Dos outros quatro, dois morreram e outros dois conseguiram alegar prescrição do crime.

A reportagem ainda tenta contato dom o advogado de defesa do caso.