A Prefeitura de Betim confirmou, nesta terça-feira (2), o primeiro caso da varíola do macaco em um paciente que mora no município. A confirmação aconteceu por meio de exames laboratoriais realizados pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
O caso positivo é de um homem de 40 anos, morador da regional Imbiruçu, que está clinicamente estável e sendo acompanhado pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde. Outros quatro casos suspeitos da doença, também de moradores da cidade, estão em investigação no município – os resultados dos exames levam sete dias para ficarem prontos. Além desses, outros quatro casos suspeitos foram descartados.
“Para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, não podemos divulgar mais dados sobre os pacientes”, salienta o secretário de Assistência à Saúde de Betim, Hilton Soares.
Segundo o gestor, apesar de o quantitativo de casos em Betim estar dentro do que se espera, diante da situação do país, toda notificação, seja confirmada ou suspeita, preocupa e acende o alerta das autoridades de serviços de saúde, sobretudo por se tratar de uma doença altamente contagiosa.
"Como o Ministério da Saúde ainda não tem vacinas contra a doença disponíveis, o município atua hoje na prevenção e no bloqueio da cadeia de transmissão da doença. Estamos monitorando todos os casos, evitando que os pacientes suspeitos e confirmados tenham contato com outras pessoas, bem como seus familiares, para frear a transmissão", salienta o secretário.
Ainda conforme o Soares, como a varíola do macaco já tem transmissão comunitária, não é possível dizer quem contaminou o paciente confirmado com a doença em Betim. Contudo, segundo informações apuradas pela reportagem, o homem teria frequentado recentemente casas de diversão noturna.
A transmissão da varíola do macaco ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de humano para humano acontece entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.
Diante disso, o contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.
Conforme o Instituto Butantan, o período de incubação da varíola do macaco é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Assim como ocorre com a Covid-19, o tratamento da varíola dos macacos também requer isolamento de 21 dias, com o paciente sob observação médica.
Matéria atualizada às 18h32.