Betim segue sem representação na ALMG e em Brasília

Com mais de 444 mil habitantes, Betim, cidade da região metropolitana que é o quinto maior colégio eleitoral de Minas Gerais, segue sem um representante da cidade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e na Câmara dos Deputados em 2023. Com isso, completam-se dez anos que o município não elege um deputado federal e quatro anos que não tem um deputado estadual. 

O último parlamentar federal com domicílio eleitoral em Betim foi o ex-prefeito Carlaile Pedrosa (PSDB), eleito em 2010, mas que deixou a Câmara Federal para assumir a Prefeitura de Betim em 2013. Já o último representante da cidade na ALMG foi Ivair Nogueira, morto no ano passado por Covid-19. Em 2016, ele foi eleito para o cargo estadual pelo quinto ano consecutivo, porém deixou o plenário do Legislativo mineiro em 2018, após não conquistar um novo mandato nas eleições daquele ano. 

Neste ano, 45 políticos do município colocaram seus nomes na disputa por uma cadeira na ALMG e na Câmara Federal  – assim como ocorreu nas eleições gerais de 2018 –, o que novamente ajudou a pulverizar os votos dos betinenses. 

Entre os nomes conhecidos do eleitorado da cidade que foram bem-votados, mas que ficaram de fora, está o da vice-prefeita Cleusa Lara (União Brasil). Ela se candidatou pela primeira vez como deputada federal e, mesmo tendo conquistado 47.840 votos dos mineiros, não fez o suficiente para se eleger. Com o resultado, Cleusa é a segunda suplente do União Brasil, partido fruto da fusão entre DEM e PSL.

Já o vereador Klebinho Rezende (PROS), novato na disputa por uma vaga como deputado estadual, recebeu 28.231 votos e é o primeiro suplente do seu partido na Assembleia Legislativa de Minas. 

Outros nomes tradicionais do município também não conquistaram o número de votos suficientes para garantirem uma vaga em Brasília: o ex-vereador e ex-vice prefeito de Betim Vinícius Resende (Podemos), que obteve 12.536 votos em Minas; o ex-prefeito Jésus Lima (PT), que recebeu 12.159 votos dos mineiros; e o vereador Rony Martins (Avante), que teve a preferência de 11.930 eleitores no Estado.
 
Na corrida pela Assembleia Legislativa, além de Klebinho Rezende, os políticos da cidade que tiveram melhor votação, mas que também não foi a necessária para eles se elegerem, foram Tiago Santana (PCdoB), com 19.186 votos; Pastor Nehemais (PMN), que recebeu 17.597 votos; Welinton Sapão (PMN), que teve a preferência de 17.142 eleitores mineiros; Layon Silva (Republicanos), com 11.086 votos em Minas; e Neguinho (União Brasil), que conquistou 11.043 votos no Estado.