Dois dias depois de a estudante Gabriela Campos Duarte Machado, de 22 anos, que cursa o oitavo período de medicina da PUC em Betim, na região metropolitana, ter denunciado em suas redes sociais uma série de agressões que ela teria sofrido do ex-namorado, o Diretório Acadêmico Horizontal de Medicina PUC Minas (Dahmp), entidade que representa os estudantes do curso do campus na cidade, divulgou uma nota de repúdio em suas redes sociais. O ex da aluna é um homem de 27 anos que cursa o 10º período de medicina na mesma universidade.
Na publicação, o diretório afirmou que "repudia veementemente qualquer tipo de agressão, seja verbal, física ou emocional" e parabenizou a estudante pela coragem de denunciar as agressões. "Parabenizamos a aluna pela extrema coragem e força de expor a situação e, assim, permitir que mais alunos na mesma situação se sintam incentivados a denunciar também. Nos solidarizamos com a aluna e esperamos que esteja recebendo todo o acolhimento possível", informou a nota.
Veja a nota de repúdio na íntegra:
Em entrevista à reportagem, Humberto Drumond Filho, presidente da Atlética de Medicina da Puc Minas, associação esportiva dos estudantes do curso, informou que, após das denúncias, a jovem passou a receber relatos de agressões de outras ex-companheiras do ex-namorado.
“Fizemos uma nota de repúdio. Somos totalmente solidários a Gabriela. Ela, inclusive, tem recebido denúncias de outras exs dele falando que também foram agredidas”, salientou Filho.
A jovem relatou na postagem, feita no último domingo (26), que o último dos quatro episódios de violência sofridos por ela teria ocorrido no dia 23 de setembro. A estudante contou que estava na casa do ex-namorado, quando as agressões teriam começado.
Ela afirmou que o homem só teria parado depois da intervenção de vizinhos, que teriam escutado os pedidos de socorro dela e a levado para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Belo Horizonte.Ainda de acordo com a jovem, a agressão teria acontecido após ela descobrir uma traição do ex-namorado.
Segundo a Polícia Civil, o homem foi preso em flagrante, mas liberado após pagar fiança. Para a jovem foi solicitado uma protetiva de urgência. O caso segue em apuração na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de BH.
A reportagem tentou falar várias vezes com a estudante por telefone e WhatsApp, mas não obteve retorno.
(Com Suelen Emerik)