Em Betim, 290.957 eleitores são esperados nos locais de votação no próximo domingo (2) para escolher deputados federal e estadual, senador, governador e presidente. “O momento é de imensa importância, e votar, mais do que obrigação, é um ato capaz de definir o futuro de cada um de nós”, alerta o professor do Departamento de Educação e Tecnologias da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Antonio Marcelo Jackson Ferreira da Silva.
“Independentemente se eu voto ou não, alguém será eleito. Votar é a escolha racional à medida que eu estarei participando da decisão de quem vai governar o país”, afirma o especialista.
Os adolescentes de Betim, seguindo uma tendência nacional, já captaram o aviso. Para o pleito 2022, o número de títulos tirados por betinenses de 16 e 17 anos – que não são obrigados a votar – cresceu 23,6% na comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 3.378 novos eleitores betinenses nessa faixa etária, enquanto que em 2018 eram 2.733.
Um desses cidadãos é Davi Pires Vieira Raimundo, de 16 anos. Aluno do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Betim, ele diz que tirou o título para “exercer a função como cidadão”. Para o estudante, o voto do jovem é de extrema importância para o futuro no Brasil. “Sempre sonhei em exercer meu papel de cidadão e, nestas eleições, vou poder realizá-lo. Afinal, o futuro da nação brasileira depende de nós. Ver o país registrar recorde de novos títulos de jovens catalogados neste ano é bem animador. Creio que a população jovial está se interessando cada vez mais por política e em exercer seu dever como cidadão”, pontua o morador.
Outra adolescente que também vai votar pela primeira vez em Betim é Ana Carolina Rocha Guimarães, de 17 anos. Para ela, as melhorias e mudanças no país só acontecem por meio do voto consciente. “Infelizmente, o brasileiro desacredita de política. Mas tudo o que nos envolve está ligado à política e só com ela conseguimos alcançar o que almejamos”, defende.
"Se você for à rua em dia de comício, da direita ou da esquerda, vai ver que tem muito menino, coisa que a gente não via antes”, afirma o professor do Departamento de História do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), Daniel Diniz.
Segundo o especialista, nas classes é evidente o maior interesse dos adolescentes no voto e nos debates. “É bom que eles tenham tirado o título. Estão conscienciosos de que precisamos criar alternativas para o país”, avalia Diniz.
A reportagem preparou um material contendo todas as informações sobre o que se pode ou não fazer até o domingo (2). Veja abaixo: