Desde 2021, com a evolução da pandemia de Covid, a comunidade científica vem detectando as variantes do Sars-COV 2, resultantes de mutações. A mais recente é a BQ.1, que está entre as mais de 300 sublinhagens da variante ômicron que circulam pelo mundo.
A BQ.1 já está circulando há meses nos Estados Unidos e na Europa, levando a um aumento de infecções. Já em circulação no Brasil, essa nova subvariante foi encontrada em São Paulo (onde ocorreu uma morte), no Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo, mas isso não significa que ela seja a sublinhagem dominante no país.
De acordo com a médica patologista clínica da Laborclínica, Débora de Andrade, com sintomas semelhantes às variantes anteriores, tais como dor de cabeça, tosse, dor de garganta, quadro febril, perda de olfato e paladar, a BQ.1 não é de maior gravidade, sobretudo diante de indivíduos completamente vacinados, mas de maior transmissibilidade.
"A BQ.1 parece escapar mais facilmente da proteção das vacinas, principalmente naqueles que não completaram o esquema vacinal de quatro doses. Ela apresenta mutações na proteína spike que dificultam o reconhecimento e a neutralização do vírus pelo sistema imunológico", disse.
Ainda segundo Débora, já foi relacionado a essa variante um aumento do número de casos de covid longa, que é quando um ou mais sintomas persistem quatro semanas após a infecção. Um estudo recente apontou que um em cada oito adultos infectados com o vírus experimenta sintomas de covid longa.
"Entre as sequelas de Covid longa estão sintomas como cansaço, cefaleia, enxaqueca, problemas renais, perda de memória e confusão mental", destaca.
Uma das medidas propostas pelas instituições de saúde do Brasil será a importação das duas vacinas chamadas de bivalentes, após aprovação da Anvisa ocorrida no último dia 22 de novembro, que incorpora também a subvariante ômicron BA.1, da qual deriva a BQ 1 e/ou as subvariantes BA.4/BA.5.
A recomendação recente do Ministério da Saúde compreende o reforço da vacinação e uso de máscara, pois a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) relata que, do começo de outubro para a primeira semana de novembro, a positividade para exames para Covid disparou de 3,7% para 23,1%, mostrando que já estamos em um novo ciclo.
"Desta forma, voltamos a recomendar que as medidas de prevenção sejam novamente adotadas para conter a transmissão", finaliza a médica.
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