Levantamento para monitorar infestação do Aedes aegypti é realizado em Betim

A Prefeitura de Betim, na região metropolitana de BH, iniciou, na semana passada,  o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa). O trabalho, que vai percorrer todos os bairros da cidade e visitar cerca de 8 mil domicílios, vai apresentar o cenário da infestação do mosquito no município.

O resultado do LIRAa será divulgado na segunda semana de novembro e direcionará as próximas ações de controle e eliminação do Aedes aegypti para evitar uma nova epidemia de dengue e as outras arboviroses transmitidas pelo vetor: zika e chikungunya.

O LIRAa é um método que permite identificar de forma rápida, por meio de amostragem, as áreas da cidade com maior incidência de focos de larvas do mosquito e os tipos de criadouros predominantes.

De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, o levantamento deve ser realizado três vezes ao ano, nos meses de janeiro, março e outubro.

Ações de controle da dengue em Betim

Ao longo do ano, a Prefeitura de Betim realiza diversas ações de prevenção e controle da dengue. Os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) fazem visitas domiciliares de rotina para vistoria dos imóveis e orientação da população. São realizadas também ações de limpeza e de comunicação e mobilização social.

O biólogo do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE), Sérgio Chumbinho, explica que o combate ao Aedes aegypti deve ser uma parceria entre a população e o poder público. “O agente de zoonoses é um facilitador, que faz o monitoramento técnico e orienta a população sobre a eliminação dos focos do mosquito. Mas a limpeza das casas cabe aos moradores, que devem remover ou tampar recipientes que possam acumular água. Todos têm sua responsabilidade e o morador deve fazer sua parte”, afirmou.

Dados da dengue em Betim

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, até setembro de 2022, o município de Betim registrou 747 notificações de casos prováveis de dengue e 219 foram confirmados.
 
Em 2019, o município sofreu com uma grande epidemia que resultou em 42.989 casos confirmados e 18 óbitos. Nos anos seguintes, a incidência da doença foi baixa. Em 2020, foram 254 casos confirmados e, em 2021, 185.

Como explica o biólogo, a dengue é uma doença cíclica e, com isso, existe a previsão de que a cada dois ou três anos uma nova epidemia ocorra. “A atuação da população é essencial para que não haja nova epidemia. A melhor forma de agir é acabar com os focos das larvas do mosquito e eliminar tudo o que acumule água e sirva de criadouro”.