Quaresma

Preço do peixe pode variar até 116,7%

Procura por pescados aumenta nesta época do ano e, em Betim, o filé de tilápia teve maior diferença segundo levantamento feito pelo O Tempo Betim

Publicado em 18 de fevereiro de 2021 | 21:50

 
 

O período religioso da Quaresma teve início com a Quarta-Feira de Cinzas (17) e, nesta época, muitos católicos optam por reduzir o consumo de carne vermelha. Por isso, a demanda pelos pescados aumenta no Brasil e, para não acabar caindo na cilada dos preços exorbitantes, a melhor alternativa para o consumidor é pesquisar.

Nesta quinta-feira (18), a equipe de reportagem de O Tempo Betim esteve em quatro estabelecimentos – como peixarias, açougues e supermercados – na região central, que comercializam os produtos mais tradicionais nesta época do ano e encontrou uma variação que pode chegar a 116%. 

O preço salgado vem justamente de um dos peixes de água doce mais criados e comercializados no Brasil, a tilápia – que pode ser encontrada de R$ 16,98 a R$ 36,80. Em seguida na alta dos preços, está a versátil e saborosa sardinha, que está sendo vendida de R$ 9,88 a R$ 13,80, o que representa uma variação de 39,6%.

O quilo do filé de merluza apresentou uma variação de 36,3%, podendo ser comprado de R$ 21,98 a R$ 29,98. A traíra, que também é um dos peixes mais comuns na mesa do brasileiro, pode ser encontrada de R$ 24,98 a R$ 32,80 – o que equivale a uma diferença de 31,3%. E o tradicional bacalhau, que já costuma ter o preço mais elevado em comparação às outras espécies, apresentou uma variação de 15,5%, podendo ser comprado de R$ 51,90 a R$ 59,80.

Expectativas
Embora o cenário da pandemia da Covid-19 ainda persista e esteja mudando alguns hábitos da sociedade, os comerciantes estão com boas expectativas para essa época do ano e acreditam que as vendas devem aumentar nos próximos dias. “No ano passado ficamos mais apreensivos, até mesmo porque havíamos chegado na cidade há pouco tempo, mas ainda assim foi um bom período. Para este ano a expectativa é ainda melhor e já nos preparamos para termos uma boa entrada de quaresma, oferecendo aos clientes produtos diversos e de qualidade”, afirmou o proprietário de uma peixaria na cidade, José Luiz Sales.

Por outro lado, os consumidores estão apreensivos com as altas no setor alimentício nos últimos meses e pesquisar preços está  fazendo parte da rotina dos betinenses. “Lá em casa consumimos mais carne branca do que vermelha e, nesta época do ano, com a variedade de peixes e frutos do mar que encontramos nos mercados, comemos pescados praticamente todos os dias. Já dei uma rodada boa no centro para garantir o filé de merluza e o bacalhau, que são sagrados na família e, de fato, os preços são muito diferentes. Às vezes, encontramos variação de uma loja que fica de frente para outra. Temos que ficar muito atentos”, afirmou a gerente bancária Silvana Varela Biancci.